Pesquisas recentes estabelecem
uma ligação tênue entre a maior probabilidade de ocorrer aterosclerose em
indivíduos que são HIV-positivo. Diante disto, recomenda-se que estes indivíduos
monitorem os níveis totais de colesterol com maior frequência.
Para
compreendemos melhor porque pacientes com HIV apresentam maior risco de
desenvolver aterosclerose é bastante útil uma pequena revisão de como a aterosclerose se forma:
· A aterosclerose é fruto de um acúmulo de
lipídeos no endotélio de artérias, sejam sistêmicas ou cerebrais,
concomitantemente a processo oxidativos e inflamatórios gerados por células
brancas do sangue. Devido estes dois fatores ocorre a formação de uma “placa
aterosclerótica” que acabará por obstruir o fluxo sanguíneo da região onde se encontra.
Terminada a
breve revisão, voltamos a pergunta, “qual a ligação entre HIV e
aterosclerose?”.
Alguns pontos
que mostraram aos cientistas esta ligação são:
- · Por razões que ainda não se encontram muito claras, nos indivíduos com HIV em “ativo”, que possuem carga viral "ativa", as taxas de LDL se encontraram muito elevadas, excetuando-se nos pacientes controlados. De encontro ao fato de o LDL estar alto, temos uma baixa nas taxas de HDL. Embora ambas as alterações não apresentem até o momento uma explicação definitiva, muitos cientistas crêem que seja causado pelos processos inflamatórios que ocorrem no fígado.
- · Devido ao HIV, a produção de linfócitos CD4 funcionais encontra se em estado de forte deficiência, o que reflete na baixa capacidade do organismo de se defender de bactérias e micro-organismos que possam estar relacionados com processos inflamatórios no organismo.
- · Um dos efeitos já comprovados pelos cientistas é: enquanto se pesquisa a possibilidade de o HIV levar ao envelhecimento precoce do cérebro, foi constatado que a Aids faz com que células vinculadas a manutenção dos vasos sanguíneos liberem substâncias que prejudicam o desempenho da função vascular. Esses danos aos vasos sanguíneos podem estar ligados aos aumentos crônicos de pressão arterial que, unido a altas taxas de LDL, leva a uma formação acelerada de placas ateroscleróticas.
Diante destes
fatores é altamente recomendado que pacientes que apresentem Aids recorram a
exames que avaliem as taxas lipídicas com maior frequência, além de procurarem ter hábitos de vida mais próximos da prevenção de outros
pacientes que apresentam alto risco de desenvolver problemas
cardiovasculares como aterosclerose.
Post por Rayssa Lima, Eduardo Pimenta, Matheus Silva, Danielle Salerno e Guilherme Caldas
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