quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

 A bioquímica no tratamento do AVC:


    Estudos têm revelado a atuação de novas drogas anti-coagulantes no tratamento do AVC. A mais conhecida atualmente é a dabigatran (PRADAXA- Boehringer Ingelheim), que atua como inibidor direto da trombina (proteína coagulante que polimeriza fibrinogênio em fibrina).
    Sabe-se que o coágulo pode ser resultante do rompimento de uma placa aterosclerótica, podendo provocar  a formação de um trombo bloqueando a artéria. O uso de anti-coagulantes pode, portanto, ajudar no tratamento de acidentes vasculares. 
     Algumas pesquisas realizadas recentemente nos EUA, Israel e Espanha investigam o glutamato como substância que dificulta a recuperação de pessoas que tiveram um acidente vascular cerebral. O glutamato, também conhecido como ácido glutâmico é um aminoácido não essencial de propriedades ácidas, representado pela fórmula química C5H9NO4. É encontrado em diversos alimentos como feijão, soja e lentilha e está envolvido na síntese de carboidratos e ácidos graxos. Atua como precursor de diversos aminoácidos e participa da formação de metabólitos importantes no organismo, como ácido pirúvico e oxaloacetato provenientes da respiração. O glutamato é também o mais importante neurotransmissor no sistema nervoso de mamíferos. Por isso é possível relacionar a concentração de ácido glutâmico no cérebro a muitos distúrbios mentais, entre eles Alzheimer e doença de Chacot.
     As pesquisas têm indicado a grande relação entre altas concentrações de glutamato no cérebro e a dificuldade de recuperação em casos de AVC. ''A elevação do seu nível sobrecarrega os neurônios, contribuindo para sua morte'', explica Thomas Carmichael, da Universidade da Califórnia. A pesquisadora Angela Ruban, do Instituto Wizmann, de Israel, respondeu à revista ''ISTO É'' em matéria sobre o AVC, ''Ainda não temos as respostas definitivas sobre por que isso acontece, mas diminuir o glutamato tem efeito neuroprotetor''.
      

Fórmula estrutural do glutamato





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