Como
foi dito anteriormente, no processo aterogênico os macrófagos fagocitam grande
quantidade de partículas LDL oxidadas (LDLox). Esse processe de fagocitose é
influenciado pela associação de aldeídos a resíduos de lisina das
lipoproteínas, que gerará disfunções nos macrófagos e, mais tarde, induzirá o
início da da construção da placa.
Igualmente, como apontado em
estudos recentes, esse processo de endocitose das LDLox feito pelas células de
defesa favorece fortemente a
liberação de radicais livres. Como já se sabe, essas espécies químicas possuem
elétrons desemparelhados, o que gera uma grande instabilidade e um consequente poder reativo.
Assim, os radicais livres podem danificar macromoléculas do organismo, como o DNA e o
LDL, gerando mutações que mais tarde poderão levar a consequências graves como
o câncer e a própria aterosclerose.
Desse modo, a liberação dos
radicais favorece a produção de enzimas digestivas de proteínas pelos próprios
macrófagos, que aumentam a quantidade de síntese de espécies reativas de
oxigênio, tornando-se um ciclo vicioso. Essas espécies reativas, como o O2-
( ânion superóxido) e o H2O2 (que reage com metais
redox-negativos, como Fe e Cu, gerando novos radicais), enfim, contribuem para
a extensão da camada íntima dos vasos; assim como para o aumento da vasoconstrição.
Como apresentado no post sobre
Hipertensão, a vasodilatação é altamente favorecida pela liberação do Óxido
Nítrico (NO) nos vasos, porém, esse composto também é inativado pela presença
do ânion superóxido. Então, a presença desse radical na circulação progride
para um consequente endurecimento dos vasos, gerando apoptose das células
endoteliais e obstrução do fluxo sanguíneo – processo aterosclerótico.
As causas desse processo são diversas,
mas cabe ressaltar aqui a grande influência que a fumaça de cigarro tem nesse
desenvolvimento patológico. A fumaça é rica em Ferro, o qual, como descrito
anteriormente, pode reagir com o Peróxido de Hidrogênio e formar novos
radicais.
Felizmente, há as vitaminas antioxidantes, que auxiliam, como o próprio
nome indica, na reversão do processo oxidante. Essas vitaminas, como a Vitamina
E e a Vitamina C formam um poderoso medicamento natural, encontrado em óleos
vegetais e frutas cítricas – como no milho, na soja,no amendoim, laranja,
abacaxi e tangerina.
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