sábado, 19 de outubro de 2013

Os radicais livres e a aterosclerose


        Como foi dito anteriormente, no processo aterogênico os macrófagos fagocitam grande quantidade de partículas LDL oxidadas (LDLox). Esse processe de fagocitose é influenciado pela associação de aldeídos a resíduos de lisina das lipoproteínas, que gerará disfunções nos macrófagos e, mais tarde, induzirá o início da da construção da placa.
      Igualmente, como apontado em estudos recentes, esse processo de endocitose das LDLox feito pelas células de defesa favorece fortemente a liberação de radicais livres. Como já se sabe, essas espécies químicas possuem elétrons desemparelhados, o que gera uma grande instabilidade e um consequente  poder reativo.  Assim, os radicais livres podem danificar  macromoléculas do organismo, como o DNA e o LDL, gerando mutações que mais tarde poderão levar a consequências graves como o câncer e a própria aterosclerose.
       Desse modo, a liberação dos radicais favorece a produção de enzimas digestivas de proteínas pelos próprios macrófagos, que aumentam a quantidade de síntese de espécies reativas de oxigênio, tornando-se um ciclo vicioso. Essas espécies reativas, como o O2- ( ânion superóxido) e o H2O2 (que reage com metais redox-negativos, como Fe e Cu, gerando novos radicais), enfim, contribuem para a extensão da camada íntima dos vasos; assim como para o aumento da vasoconstrição.
       Como apresentado no post sobre Hipertensão, a vasodilatação é altamente favorecida pela liberação do Óxido Nítrico (NO) nos vasos, porém, esse composto também é inativado pela presença do ânion superóxido. Então, a presença desse radical na circulação progride para um consequente endurecimento dos vasos, gerando apoptose das células endoteliais e obstrução do fluxo sanguíneo – processo aterosclerótico.
       As causas desse processo são diversas, mas cabe ressaltar aqui a grande influência que a fumaça de cigarro tem nesse desenvolvimento patológico. A fumaça é rica em Ferro, o qual, como descrito anteriormente, pode reagir com o Peróxido de Hidrogênio e formar novos radicais.
     Felizmente, há as vitaminas antioxidantes, que auxiliam, como o próprio nome indica, na reversão do processo oxidante. Essas vitaminas, como a Vitamina E e a Vitamina C formam um poderoso medicamento natural, encontrado em óleos vegetais e frutas cítricas – como no milho, na soja,no amendoim, laranja, abacaxi e tangerina. 
     
     
 Post por: Matheus Silva

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