Esse post se trata do aspecto bioquímico do colesterol. É apenas uma continuação das formas de se armazenar o colesterol o corpo, mas aproveitando um olhar da via biossintética molecular (a via alimentar está mais exemplificada no post abaixo).
Primeiro, como dito anteriormente, o colesterol é um álcool policíclico de cadeia longa, usualmente conhecido pela denominação de esteróide. Essas moléculas possuem baixa afinidade com o sangue e a água. Para o transporte pelo sangue, necessitam de proteínas. Essas proteínas captam o colesterol intracelular e vão ao sangue, sendo responsáveis pelas principais causas de formação de ateromas.
(parte vermelha determinada pela hidroxila de carbono saturado, caracterizando a função álcool)
O colesterol possui, principalmente, funções estruturais e informacionais: faz parte desde em membranas celulares de eucariotos (animais ou fúngicas, sendo ausente em estruturas vegetais - algumas fontes de pesquisas citam o citosterol, ou até a existencia de pequenas quantidades de colesterol em algumas células vegetais) até em alguns hormônios esteróides, como a testosterona e o estrógeno e sais biliares. O colesterol armazenado no organismo provém principalmente de vias metabólicas do próprio organismo e, em menor quantidade, de vias alimentares (vias endógenas e exógenas, respectivamente).
(imagem extraída do google imagens)
Portanto, ao contrario do senso comum, uma ingestão acima do nível normal de alimentos com colesterol pode não alterar o nível de colesterol no sangue, a nao ser que haja uma predisposição genética para o anabolismo ou o armazenamento demasiado de colesterol.
O anabolismo em si do colesterol provém principalmente de uma molécula de acetil-CoA, que posteriormente passa por uma série de 30 reações que levam à síntese completa da molécula de colesterol (que passa por vias de especialização da área para a qual ela é direcionada para atuar).
As 30 principais reações para a formação do colesterol podem ser divididas em três partes principais:
- Formação do Mevalonato:
Nessa primeira fase, três moléculas de Acetil-CoA são condensadas em HMG-CoA.
- Formação do Ácido Mevalônico:
O HMG-CoA é, em seguida, reduzido a Ácido Mevalônico, pela redutase da HMG-CoA
- Formação do Colesterol:
Depois de sucessivas reações do ácido mevalônico é condensado a esqualeno e, em seguida, o esqualeno é condensado a colesterol após sucessivas ciclizações.
A regulação do metabolismo do colesterol parte do feedback negativo devido ao excesso de ação da HMG-CoA redutase no meio da síntese. O excesso de colesterol, por conseguinte, inibe a produção excessiva de mais moléculas do mesmo composto.
Essa via biossintética pode partir principalmente do fígado para a produção de sais biliares como de outros sítios produtores de hormônios esteróides, como as glândulas adrenais e as gônadas.
Nesse mesmo contexto, é de suma importância a relação entre as proteínas associadas ao transporte de colesterol à corrente sanguínea, pois são as mesmas que irão definir os potenciais de formação de ateromas e possíveis placas ateroscleróticas.
(Via metabólica das adrenais para formações de hormônios após captação de colesterol)
Para tanto, é necessária a compreensão de onde vem os principais reagentes para a indução da síntese de colesterol: O Açúcar e outras energias.
Post por Guilherme Caldas
Fontes:
http://www.ff.up.pt/toxicologia/monografias/ano0405/estatinas/sintese_colesterol1.htm
Bioquímica Básica (A. Marzzoco & Bayardo B. Torres)
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